sábado, 31 de março de 2012

Palavras: encantos e desencantos!


“Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!” (Salmos 19:14).
Quem diria! O rei Davi já se preocupava com as palavras e suas consequências. Ia mais longe ainda ao se preocupar até com o pensamento. Sabia que com as palavras poderia encantar ou desencantar ao Senhor.
Não quero usar essa citação apenas com motivação religiosa, mas pelo seu conteúdo didático. Seria essa a nossa preocupação com as palavras ditas? Bem ditas ou mal ditas?
Nas nossas relações sociais, principalmente familiares, usamos palavras que nem sempre são bem ditas. Todo mundo já se defrontou alguma vez em suas experiências com um assunto importante: discutir a relação. Já notou o que acontece nessas discussões? Acontecem discussões mesmo! Acusações, descontentamento, agressões verbais, palavreados cheios de peçonha, que mais matam que edificam.
O Zé, o meu amigo que gosta de tudo bem certinho, já disse alguma vez que a agressão verbal, mais conhecida como xingamentos, é recurso utilizado por quem começa a perder a razão na discussão. Defender posições é legal, mas quando se apela para a agressividade exacerbada é sinal que a razão está ficando longe. Parece que o Zé tem razão!
Senão vejamos: um argumento na medida certa, com embasamento na educação e gentileza para com a outra pessoa, leva ao encantamento. Creio ser possível mudar muita coisa a partir de uma discussão dessas. Por outro lado, o uso de xingamentos desnecessários, palavras de baixo calão e agressivas desencantam e dificultam mais ainda o entendimento e o consequente consenso em qualquer discussão.
Há quem diga que não importam as palavras usadas nas discussões de relações, pois depois tudo se acerta e ficará bem. Duvido que isso ocorra, de fato! Palavras mal ditas nunca serão bem ditas! Uma vez mal ditas, sempre mal ditas. O efeito das palavras não volta atrás. Poderia até dizer que as palavras são como dardos que, quando lançados, atingirão sempre o alvo e farão danos, às vezes irreparáveis.
Como doem as palavras mal ditas! Sofremos dias com seus ferimentos, até cicatrizarem, se isso for possível. Magoam e, às vezes esses ferimentos sangram até a morte, podem ser letais.
Gostaria de estar aqui falando da beleza das palavras. Como são belas, também podem ser horríveis. A discussão de relações deveria se proceder no campo das idéias, não das palavras ofensivas. Poderia se levar em conta que do outro lado está uma pessoa que se quer bem.
Certo dia eu ouvi, de um familiar, que a boca fala o que o coração está cheio. Aliás, esta citação é bíblica e quer dizer que se estamos com pensamentos raivosos, sairão palavras rancorosas, com certeza de nossos lábios. Aí é que mora o perigo de ferimentos letais. Se a pessoa que é ofendida começar a pensar nessas palavras, ficará sempre a dúvida do verdadeiro sentimento do agressor. Porventura, a dúvida não é o principio do desencantamento?
Palavras que encantam, palavras que desencantam...Todas saem de nossos lábios e são geradas em nossa mente, no nosso pensamento.
O salmista Davi tinha razão em sua preocupação: se as palavras que saem de meus lábios e os pensamentos que eu tenho são agradáveis, com certeza o Senhor se encantará, e todos os que estão comigo também!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Portas abertas!



“Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4: 7).
Mais uma vez desejo-lhe paz em sua vida, trabalho e família. Sei que Deus quer lhe abençoar, abundantemente, hoje e sempre!
Às vezes, tenho pensado em algumas coisas que ouço. Já ouvi de amigos que sou muito crítico, porque defendo o certo como prerrogativa de vida, sem espaço para o errado. Aliás, a frase foi bem essa “você gosta das coisas muito certinhas demais”. Se já fiquei chateado com isso, hoje estou mais convicto de que ser tolerante com o erro é exatamente o que o inimigo quer, como porta de entrada para a minha vida. Não quero abrir essa porta para o inimigo e isso me dá paz.
A Bíblia diz no livro de Apoc 3:20 - “... eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. Ora, o Senhor não invade nossa 'casa'! É preciso que o autorizemos para que entre e possamos fazer parte de uma mesma mesa. Esse gesto de abrir a porta significa estar sujeito à Palavra: amar a Deus com todas as forças de meu coração, com todo o meu entendimento e aplicar isso com meus semelhantes. Quem faz isso está apto ao serviço e nessa prática do bem não tem espaço para o mal. Serviço  e prática do bem, como consequência de obediência ao Senhor se referem a relacionamento. Nesse ponto de vista, obediência significa recuperar o laço afetivo com o Senhor, o que possibilita melhorar sensivelmente as relações interpessoais.
Satanás, certamente, não tem autorização para entrar na nossa casa. Ele só entra se a gente der permissão. Nossa permissão torna legal a sua invasão. Caso contrário sua entrada em nossa casa seria completamente ilegal e Deus nos protege dessa ilegalidade. Mas, quando abrimos a porta a ele, com certeza, estamos dando toda a autorização para que aja como quiser em nossa vida e aí você já sabe: é o caos instalado em todos os setores de nosso viver.
Portanto, o verso usado como referência para esta mensagem, diz que devemos resistir ao diabo para que ele fuja de nós. Quando estamos sujeitos aos ensinos da palavra, como dito antes, estamos colocando uma placa de advertência para ele: 'Aqui não tem lugar para você! Caia fora, minha vida está totalmente dedicada ao Senhor'!
Isto é a nossa maior prova de resistência contra o diabo. Ninguém vai resistir ao diabo se continuar dando espaço para ele. Como? Praticando as coisas erradas e em desacordo com a palavra de Deus, a palavra do amor!
Isso é interessante, pois quando estamos sujeitos ao Senhor e às ações do bem estamos mostrando nossa maior resistência contra o diabo e suas ações de mal. O que resta a ele fazer? Fugir para bem longe!
Posso concluir que satanás não pode destruir a vida de ninguém, a menos que se lhe abra a porta e se lhe dê a autorização para agir. Graças a Deus! Podemos estar tranquilos quando estamos sob as asas protetoras de nosso Senhor.
Agora sabemos que isso é possível e só depende de nós. Nós temos a chave de nossa casa. Podemos deixar entrar quem quisermos. Quem pode entrar na sua casa? Quem está entrando na sua casa? Com quem você está ceando? Quem está ceando com você? Existe uma resposta.
Deus te abençoe sempre!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Lógica interessante!



"Mas nós, pela fé, aguardamos mediante o Espírito a justiça pela qual esperamos" - Gálatas 5: 5.
Tem-se a impressão, e muitos já o disseram, que Jesus foi um reformador, um revolucionário ou, em palavras mais recentes, um progressista. Não concordo plenamente com isso, pois nesses conceitos há muito conteúdo ideológico e a cobrança por direitos, o que não era o caso de Jesus. Ele dizia de mudança interior, de ponto de partida, onde cada um seria responsável por seus atos e deveria agir em acordo com o respeito dos direitos dos outros como premissa principal, não em defesa própria.
A mudança de atitude faria com que a violência arrefecesse e suas consequências fossem diminuídas. Mas, onde começaria essa mudança? Cada qual é o ponto de partida, sob a ótica de Deus. Primeiro eu cumpro minha parte, praticando sua benignidade aqui na Terra; depois, sem que seja preciso cobrar, a minha parte será acrescentada. Essa virtude de amar nesse grau de servir, que demanda ação, nós recebemos do Senhor, conforme prometido por Jesus em Atos 1: 8 - "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra".
Pessoa a pessoa, o mundo todo receberá testemunho do amor. Nem precisarei ir muito longe para pregar, embora muitos sejam chamados a essa missão. A virtude significa para nós o mesmo que significou para Maria, no ato da concepção de Jesus: a geração de uma vida nova, de amor e testemunho aos povos.
O povo de Israel, pelo cumprimento da lei, tinha sua virtude fundamentada em mérito pessoal. Cumpria a lei, mas esta não lhe restituía a capacidade de amar e produzir o fruto do Espírito, o amor. Por outro lado, após recebermos a virtude do Espírito Santo estamos capacitados a produzir o fruto do amor, o mesmo da árvore a que estamos, por Ele, ligados (ver Gálatas 5: 22).
Sendo assim, Jesus não foi um revolucionário progressista, pois o que pregava era a igualdade fundamentada no amor e no reino de Deus. Jamais estimulou rebeldia ou usurpação de direitos de outros, a que razão fosse. A própria oração do Pai Nosso caracteriza bem isso, pois representa justiça: pede ao Pai, conforme pratica. A vitória é pela justiça, não pelo grito mais alto!
O exemplo de Jesus é no sentido de que valorizemos o que somos e o que podemos ser para poder servir. Importa que quem serve tenha um fruto especial a servir e, se o mesmo está sendo produzido em nós, o que estamos servindo? Um fruto bom e apetitoso? Ou um fruto podre e bichado?
Existe uma lógica muito interessante na visão de Deus: só ganha quem primeiro se doa e o sentido é de mão única. Se cada um dá de si ao próximo também acaba recebendo e assim o que, em principio, era mão única transforma-se em mão dupla onde todos ganham.
Ninguém perde no reino de Deus! "Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo" (Lucas 6:38). Apesar de sempre ter ouvido esse texto como estímulo a recolhimento de ofertas, acredito que sua aplicação, mais cabal, seja quanto aos aspectos aqui mencionados.
Deus continue te abençoando sempre!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Partido dos fracos!

"Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" - Mateus 11: 29 e 30.
Jesus sempre surpreendia as pessoas com seus ensinos, pois dizia de coisas que não estavam acostumados a ouvir. Palavras de esperança e de alento aos mais necessitados não eram comuns naqueles dias, ficavam restritas aos poderosos e religiosos.
Quando encontrou pela frente as multidões carentes e oprimidas pelo sistema vigente, com muitas imposições de leis que só beneficiavam seus formuladores e inquisidores, Jesus logo tomou partido dos fracos e se colocou do lado para ser seu ombro amigo, seu grande amigo de verdade!
O vinde a mim significava estar à disposição de todos, desde o mais simples até ao mais importante, se quisessem vir até ele. Nessa ótica todos eram iguais. Seu convite significou muito àquela gente de seu tempo e do nosso tempo, ainda. Ele ofereceu seu pescoço para ser cangado conosco, como numa parelha de bois, para carregar conosco os nossos fardos. Assim, não sofreríamos tanto mais, pois ele estaria aliviando conosco os nossos pesos e nos guiando e ensinando a ser mansos, obedientes e dessa forma, menos cansados e oprimidos.
Mesmo parecendo que ele estava nos convidando a carregar o jugo dele, na verdade esse jugo representa seu oferecimento por nós. Unia-se a nós para o que desse e viesse, sem deixar-nos desamparados nunca mais.
Sei que nesse momento muitos podem estar desesperançados e desamparados, mas Jesus está aí do seu lado dizendo: pendura em meu pescoço que eu te ajudo a andar e a carregar seu fardo. Confia em mim, deixa que eu te ajude!
Jesus tomou partido dos fracos e os convidou a serem fortes com Ele!







terça-feira, 27 de março de 2012

No ponto!

“Prossigo para o alvo pelo prêmio da vocação celestial em Cristo Jesus” - Filipenses 3: 14.
Na vida, parece que estamos sempre em busca de premiações e recompensas. Ninguém consegue fazer nada sem levar em conta o que vem depois, a recompensa! Para isso cada um utiliza armas e procedimentos diversos, que muitas vezes nem estão de acordo com recomendações da Palavra e da justiça entre os homens, apregoada à exaustão pelos mandamentos do Senhor. Parece um salve-se quem puder sem controle.
Mas, eu gostaria de falar de nossa vida cristã, nosso caminhar com Jesus. À parte aos afazeres seculares, temos uma vida de serviço na obra de Deus. Há diferenças na maneira desse envolvimento pessoal ocorrer, porém o alvo é o mesmo: o prêmio da vocação celestial em Cristo Jesus. Vou aqui chamar de: nossa medalha de ouro!
Vou comentar sobre três tipos de envolvimento e compromisso com essa corrida em busca da medalha de ouro: os que passam do ponto, os que não chegam ao ponto e os que estão sempre no ponto. Importante dizer que todos são membros e frequentadores das igrejas.
Então veremos que existem muitos irmãos que parecem estar sempre fazendo muito pela obra de Deus, como se isso fosse realmente sua única incumbência, imutável, fazendo coisas, promovendo coisas, criando coisas, tudo como se fosse a ordem do Senhor. Para eles, qualquer coisa fora de suas convicções não está de acordo com o Senhor. Às vezes até ficamos constrangidos se não enxergarmos a obra do Senhor dessa forma. Beiram, e muitas vezes ultrapassam, as margens do fanatismo. Querer ser servo é muito bom, mas quando o fanatismo toma conta, não é saudável e nem producente! Passam do ponto!
Veremos ainda muitos irmãos que se apresentam nas igrejas como servos de Deus, devotados e cumpridores de ‘obrigações’ com as mesmas: dizimam, ofertam e até parecem que estão prontos para o serviço. Mas, quando estão no ambiente secular fazem tudo o que o ímpio faz: são corruptos, se lhes for favorável; sonegam em busca de alguma vantagem; corrompem para obterem favores injustos; são violentos quando pisam seus ‘calos’; são injustos no dia a dia; são egoístas, fazem qualquer coisa para ter a vantagem; etc. Lá fora, se esquecem que o nosso compromisso é servir a Deus com nosso amor, sobremaneira, e que nos leva, como conseqüência, ao serviço e à demonstração de amor ao próximo. Nunca chegam ao ponto!
Por fim, felizmente, vemos muitos irmãos que nem sempre são os que ‘chamam atenção’ nas igrejas; nem sempre ocupam cargos; muitas vezes sentam nas últimas fileiras, por acanhamento; outros, que tem desejo de contribuir significativamente para a obra e muitas vezes não o faz por absoluta necessidade. Mas, à primeira conversa com um desses irmãos percebemos que seu coração está quente. Cheio do calor do Espírito Santo, que o acalora e o enche de amor a Deus e ao seu semelhante. Dentro da igreja, está sempre pronto a servir! Fora, ele serve do mesmo modo praticando os mandamentos do Senhor, os do amor e da justiça. Ele jamais vai querer tirar vantagem indevida por conta de falsas premissas de vida. Estará sempre de acordo com o respeito e cumprimento do amor: ...o que roubava não rouba mais, o que matava não mata mais, o que adulterava não adultera mais, o que era corrupto não o é mais, etc. Isto é, estão no ponto, sempre! No ponto de servir, no ponto de amar, no ponto de viver dignamente sua vida com o Senhor.
No ponto significa fazer a obra do Senhor, ou seja, testemunhar divulgando e cumprindo o mandamento maior do amor. Não adianta pensar que sou o melhor porque parece que faço mais que os outros. Tampouco adianta fazer de conta que faço bastante ou o suficiente para Deus, se minhas atitudes não abonam uma vida cheia da presença e da graça dele. Preferível ser aquele que tem uma vida transformada pela crença na palavra de Jesus e que decide, por vontade e por amor ao Senhor, obedecer e serví-lo e, por isso, pratica essa palavra demonstrando ação no seu dia a dia para com os irmãos semelhantes!
Meu irmão amigo, medite nessas palavras e jamais saia do ponto. Jesus está contigo, no ponto! A nossa medalha de ouro estará em nossas mãos, pois já estamos abraçados com o galardoador, que é Cristo Jesus.





segunda-feira, 26 de março de 2012

AdorAÇÃO!

AdorAÇÃO: na construção da palavra vemos que existe uma responsabilidade bem explícita, a AÇÃO. Portanto, entendemos que adoração é bem mais que uma reunião de pessoas para cantar louvores, dar glórias e aleluias a Deus, fazer uma ou duas orações e depois ir para casa esperando outro momento chegar para fazer tudo de novo.
Cremos, sim, que Deus nos escolheu e nos separou para sermos adoradores no sentido literal da palavra, ou seja, praticantes da ação de adorar. Só se deve adorar a Deus, mas não há como adorá-lo plenamente sem estar de conformidade com sua maior vontade: que as pessoas vivam o amor! É fundamental a comunhão de uns para com os outros, sem a qual nossa adoração nunca será completa. Poderemos até louvar a Deus, dizer-lhe palavras agradáveis e Ele se alegrará disso, mas fomos escolhidos para fazer diferença no mundo. Luz do mundo e sal da terra tem que significar alguma coisa para os adoradores.
Não estamos falando de discursos acerca das qualidades de Jesus, pois isso o mundo está farto de ouvir, mas de prestação de serviços, por Ele. Só estaremos servindo a Jesus, quando estivermos servindo nossos semelhantes e assim testemunhando ao mundo nossas qualidades de servos e de pessoas parecidas com Jesus, com as qualidades que Ele demonstrou quando aqui esteve, por amor de todos nós. Jesus fez questão de deixar bem claro que não estava aqui para ser servido e sim para servir!
Nossa missão básica é prestar serviços aqui como representantes de Jesus com sabedoria, com justiça e com a prática dessas, a retidão, que nos leva a completar nossas qualidades que nos identificam com o Senhor e Mestre Jesus. Muitos pensam que serví-lo é distribuir esmolas e sopas aos necessitados. Isso é serviço também, mas é preciso ir muito além no significado: servir a Jesus é praticar o que é certo, zelar pela prática da justiça e da misericórdia nas nossas relações com os semelhantes. Aí não há espaço para os aproveitadores, para os que querem levar vantagem em tudo, etc!
No passado, os homens tinham acesso à sabedoria e aos princípios de justiça mantidos na memória do povo pelos escritos e pelos profetas. O cumprimento disso como ação de servir estava muito distante, haja vista o pecado cometido pelo homem tê-lo afastado de Deus. Jesus demonstrou que temos que praticar o amor, o serviço para com nossos semelhantes, mesmo que isso custe a própria vida. A prática do amor e suas consequências (o mesmo que dizer praticar a retidão, o que em palavras bem simples significa ser santo) com sabedoria e justiça, nos dá de volta nossa verdadeira identidade com o Criador, a nossa semelhança com a Trindade Santa, nosso fôlego de vida!
Deus abençoe sua vida e que Ele receba suas ações de adoração!



sábado, 24 de março de 2012

Ter paciência é difícil!

“Esperei com paciência pelo Senhor, Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor”- Salmos 40: 1.
Que a Paz em sua vida seja mais que um desejo, mas uma realidade. Sei que Deus quer lhe abençoar ricamente todos os dias!
Uma das palavras mais contraditórias que conheço é paciência. Geralmente ela está associada aos momentos mais difíceis de nossa vida. Como ter paciência quando todas as coisas estão querendo nos levar ao desespero e às decisões precipitadas? Quando está tudo bem nem precisamos estar ansiosos, mas quando está tudo mal então é recomendada a paciência! Não é contraditório? Talvez a contradição esteja na maneira pela qual colocamos em Deus nossa confiança.
Senão, vejamos um exemplo: logo que aceitamos as palavras de Jesus como solução para nossas vidas, bate um desejo enorme em querer que todos os nossos familiares e amigos também conheçam e aceitem essa palavra maravilhosa. O que nos é recomendado? Orar entregando essas pessoas nas mãos de Deus e esperar com paciência! Seria certo ficarmos esperando e colocando nossas responsabilidades nos ombros de Deus? Ele até nos ajuda a carregar os fardos, mas a responsabilidade em testemunhar com uma vida exemplar como quem aceitou viver segundo a Palavra e levar os familiares e amigos à presença de Deus, como resultado de nosso testemunho, é nossa. Jesus disse que deveríamos ser testemunhas, desde casa até aos confins da terra. Ele disse isso para que entendêssemos que as pessoas veriam nossa vida e quereriam ser como nós, pessoas corretas que serviam a Deus e ao próximo com amor.
Então me parece que quando oramos pelos nossos familiares não devemos cruzar os braços e deixar para que Deus resolva tudo, pois só haverá conversão pela fé, que vem do ouvir e do ver a palavra testemunhada e vivida pelos servidores de Jesus. Senão não seria preciso Jesus ter dito que pregássemos o evangelho a todas as criaturas. Como podemos pregar? Sendo testemunhas, com vida segundo a palavra.
Voltando à paciência, ela pode ser uma espera enorme ou bem antecipada, dependendo do que estamos fazendo. Se estamos testemunhando, os resultados podem ser bem mais rápidos. Se, por outro lado, estamos de braços cruzados e esperando que Deus faça a nossa parte, pode demorar bem mais e até anos.
Se entendermos a paciência como fé, aí podemos ficar tranquilos, pois Deus estará sempre corroborando pelos resultados de nosso trabalho e de nosso serviço pelo próximo. Paciência em Deus pode sim significar confiança, fé e certeza de que nele podemos confiar, que cumprirá suas promessas. Veja bem, as promessas feitas pelos pregadores podem não ser as mesmas de Deus. O compromisso dele é com Sua palavra, sempre!
Muitas bênçãos e muita alegria para você e sua família, na Paz do Senhor Jesus.





Conversa de serpente!

“Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” - Gênesis 2: 16 e 17.
É comum associarmos essa passagem a um ato de autoritarismo de Deus em relação ao homem, condicionando sua livre escolha. O que teria Deus contra o homem conhecer o bem e o mal? Creio que essa é a pergunta que muitos fazem, como a dizer que Deus era egoísta e queria limitar o homem de ampliar seus conhecimentos.
Na verdade, Deus estava constituindo uma família na terra. Por isso, como um pai amoroso que é, teria que ensinar ao filho que na vida existem coisas que serão boas, se fizer, e outras muito ruins, com consequências desastrosas quando as praticar. O problema não era, literalmente, comer ou não um fruto. Vamos imaginar que aquela árvore produzisse um fruto proibido por ser venenoso, por exemplo. Nesse caso, se o homem comesse morreria.
Deus estava cuidando para que o ser humano confiasse em suas recomendações. Elas continham o conhecimento que o homem ainda não possuía e que precisaria muito dali para frente. O outro lado seria apenas conversa de serpente e não traria nenhum beneficio ao ser humano.
O que seria conversa de serpente? É a conversa enganosa, com colocação de dúvidas. A dúvida acaba com a convicção da certeza, portanto seria a morte da confiança do homem em Deus. Isso traria, como trouxe, consequências desastrosas. Deus alertou dizendo que eles poderiam comer de todos os frutos do jardim, restringindo apenas um. A serpente iniciou sua conversa perguntando se Deus tinha dito para não comer de nenhum dos frutos. A inversão da ordem gerou dúvidas à Eva e ao Adão. Estava dada a partida para o final trágico. Caíram numa conversa de serpente!
Embora para muitos isso possa representar uma lenda, parece que há sabedoria nisso.
Nos dias atuais muitas conversas acontecem tentando colocar dúvidas na mensagem cristã, muitas vezes são verdadeiras mentiras. Objetivo da conversa de serpente é fechar o laço da forca logo a seguir, assim que a dúvida sufocar a certeza da fé.
Tenta-se colocar no cristianismo a consequência do atraso da humanidade. Atraso em relação a que? O que achamos que seríamos sem o cristianismo ou as mensagens antecedentes? O Senhor disse que o povo comete muitos erros por falta de conhecimento. Então vemos que atraso jamais pode estar relacionado a Deus, pois o que ele quer é que evoluamos, pelo conhecimento. Isso quer dizer que devemos avançar no conhecimento científico, no conhecimento do amor a Ele, a nós mesmos e ao próximo. Justiça, respeito, companheirismo, afeto, paz, alegria, etc, porventura o homem busca outras coisas?
A conversa de serpente quer desviar essa atenção. Quer colocar culpas no relacionamento do ser humano com Deus, quando na verdade o problema da humanidade é a falta de maior compromisso com esse relacionamento, como premissa de respeito, conhecimento e salvação.
Quando a maioria não percebe que pouca valia terão as campanhas dos ‘nãos’, “não à violência”, “não à pedofilia”, “não à injustiça”, “não a isso, não à aquilo”, é sinal que a solução está mais distante, pois um “SIM” bastaria. O sim a Deus!
Tudo começou com uma conversa de serpente no Éden. Continua como antes com conversas de serpente, hoje. Pense nas coisas que você ouve no seu dia a dia e veja se não se tratam de conversas enganadoras que querem desviar seu foco e depois te enforcar definitivamente na dúvida e te envenenar de forma fatal.
Contra isso só há um antídoto: intimidade com Deus, pelo conhecimento da Palavra! Portanto, meu querido irmão e amigo, Jesus se apresentou a você como segurança de que essa conversa de serpente não te pegará. Confia e siga em frente, você é de Deus! Amém!



sexta-feira, 23 de março de 2012

Reclamas de que?


Recebi um e-mail, dia desses, que me chamou a atenção. Sempre digo que precisamos ser corretos, justos e praticantes do bem, por excelência e assim teremos o direito de esperar a contrapartida. Isso é a prova de que estamos em acordo com Jesus, nos seus mandamentos de amor a Deus, a si mesmo e ao próximo.
Vejam o teor aproximado do e-mail que recebi. Infelizmente é de autor desconhecido. Gostaria de postar sua autoria neste texto. Com certeza, você também já pensou assim algumas vezes:

-O brasileiro é assim: saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas. Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas. Suborna ou tenta subornar, quando é pego cometendo infração. Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura. Fala no celular enquanto dirige. Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento. Para em filas duplas, até triplas em frente às escolas. Viola a lei do silêncio.

-O brasileiro é assim: dirige após consumir bebida alcoólica. Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas. Espalha mesas, churrasqueira nas calçadas. Pega atestados médicos sem estar doente, só para faltar ao trabalho. Faz 'gato' de luz, de água e de TV a cabo. Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos. Compra recibo para abater na declaração do imposto de renda. Muda a cor da pele, para ingressar na universidade através do sistema de cotas. Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.

-O brasileiro é assim: comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes. Estaciona em vagas exclusivas para deficientes. Adultera o velocímetro do carro, para vendê-lo como se fosse pouco rodado. Compra produtos piratas com a plena consciência de que são piratas. Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus sem pagar passagem. Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA. Leva das empresas onde trabalha pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis e etc, como se isso não fosse roubo.

-O brasileiro é assim: comercializa os vale-transporte e vale-refeição que recebe das empresas onde trabalha. Falsifica tudo, só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado. Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem. Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

Mas, o brasileiro faz questão que os políticos sejam honestos. Escandaliza-se com a farra das passagens aéreas, com a corrupção, com os desvios milionários de recursos do governo, etc. Ora, esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo! Afinal, o brasileiro reclama de que?
Percebem a extensão do texto? Deixando de lado a generalização, pois não creio que todos sejam assim, o ser humano quer tudo correto, mas esquece que isso só acontecerá se cada um fizer o correto, como deseja. Porventura, não é esse o propósito da Palavra? Jesus falou de amor para que isso que desejamos seja possível. Deus sempre quis que o ser humano fosse assim, como deseja que os outros sejam. Mas, como desejar se não queremos fazer a nossa parte? Quem a fará?
Quando praticamos a verdade que leva ao bem, estamos fazendo a nossa parte. Se cada um faz isso, então o resultado será o que gostaríamos que fosse. Cuidaremos para que nossos filhos também cresçam com estes princípios e assim estaremos deixando, cada vez mais, pessoas melhores para continuarem por nós.









quinta-feira, 22 de março de 2012

Felicidade!

“Porém, se o homem viver muitos anos, e em todos eles se alegrar, também se deve lembrar dos dias das trevas, porque hão de ser muitos. Tudo quanto sucede é vaidade” - (Eclesiastes 11: 8).

É difícil olhar para o mundo atualmente e não ver os contrastes entre os povos. Contrastes sociais, de raças, de culturas, enfim de todos os tipos. Interessante também perceber que em todos esses contrastes não encontramos a felicidade como marca preponderante.
Entendemos felicidade como satisfação pessoal e comunitária, sem essa busca desenfreada por subterfúgios que dê algum sentido à vida. Se olharmos para os povos mais ricos, veremos as pessoas arrumando coisas para se ocupar e se sentir melhores, chegando a alguns exageros como cuidar de animais como se fossem filhos de verdade ou como gastar milhares de dólares em cirurgias 'reparadoras' como se nada lhes fosse mais importante. Se olharmos para os povos mais pobres, os veremos numa miséria de alimentos e de vestimentas, crianças jogadas e mal tratadas, onde a esperança é morrer logo. Aí lembramos daqueles animais cuidados como pessoas de verdade e ricas, pois seus cuidados são muito mais dispendiosos. Se olharmos para o mundo considerando seus contrastes raciais e culturais veremos a intolerância, a dominação e, como conseqüência, os conflitos e até guerras, ainda que não sejam explícitos.
A pergunta que não quer calar é: porque todos, inclusive os que têm muito dinheiro e poder, parecem estar atrás de algo que não encontram, a felicidade?
Poderíamos pensar numa resposta simples tal como: a felicidade é inatingível e efêmera, pois pode significar coisas diferentes para cada um. Pode até ser, mas não parece responder a questão. Como o ser humano se afastou do seu criador, que representa a justiça, o amor e, por assim dizer, valores que foram deixados para trás com esse distanciamento, fica cada vez mais difícil acontecer a satisfação pessoal e comunitária, pois passaria necessariamente por esses conceitos: justiça e amor. E sabem porque? Justiça e amor são de caminho único na origem, ou seja, parte de nós, mas chega até nós também pela outra mão, o retorno. Desta feita, sem a justiça e sem o amor podemos pensar que somos felizes, mas isso nunca vai acontecer. Quem vai nos respeitar, quem vai ser justo conosco ou quem vai se sentir bem conosco e querer o nosso bem, sem o amor?
Sem justiça e sem amor não há calor humano e isso faz a diferença. Quando alguém diz que gosta de seu cãozinho é porque encontrou nele um carinho não encontrado no seu próximo, mas também significa que seu amor ao próximo pode estar distante. A insatisfação pelos dissabores normais da vida não significam infelicidade, no máximo podem significar momentos tristes, mas que passarão com certeza.
Se aprendermos com Jesus, que é manso e humilde de coração, portanto veremos justiça e amor em suas ações, com certeza nosso fardo será mais leve porque aceitaremos os momentos difíceis e aproveitaremos ainda mais os momentos bons. Nunca deixaremos de entender que nossas dificuldades são potencialmente maiores quando estamos usando nossos próprios métodos, ou seja, distantes dos princípios de justiça e amor.
Ao aceitarmos andar segundo os princípios ditos e cumpridos por Jesus, estaremos fazendo parelha com ele, assim aliviando nossos fardos. Sabe o que isso significa? Estar jungido a Jesus significa que ele estará dividindo conosco nossas dificuldades, tornando-as mais leves e mais suportáveis.
Nossa felicidade está em termos como objetivo viver segundo o exemplo de Jesus, com justiça e amor. Mesmo que você faça a última plástica da moda, se você estiver fora do foco da justiça e do amor para com Deus e para com o próximo, sempre terá uma nova cirurgia a sua espera e, com certeza, não será a última! Fiquem com Deus.



quarta-feira, 21 de março de 2012

Palavra simples!

 “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” - Filipenses 4:8.
Acredito que muitos que leram esse texto já se questionaram pelo fato das mensagens que escrevo terem um conteúdo muito didático. Às vezes pode parecer que estou querendo fazer chuva no molhado, mas creio que Deus me confiou  esse prazer de levar esclarecimentos e conhecimento prático de coisas sagradas.
É comum a gente ouvir mensagens muito bem elaboradas, com grande apelo emocional, querendo nos converter de qualquer forma não importando se já servimos ao Senhor ou não. Parece até que só seremos de Deus se pertencermos a uma determinada denominação. Mas, Jesus iniciou um novo tempo. Esse novo tempo é de liberdade! Não foi à toa que ele simplificou bastante seus ensinos. A Palavra era para todos, desde o mais humilde até ao mais culto homem, se cumprissem a premissa básica para servir ao Senhor: ser justo e correto com seus semelhantes, como prova do seu amor ao Pai.
O apóstolo Paulo, querendo ser bastante didático também e muito simples, para que houvesse compreensão da Palavra, falou que “tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
Não tem complicação nenhuma para servir ao Senhor. Precisamos optar pelo certo sempre, assumir o lado de Deus, o lado da sabedoria, da justiça e praticar isso. Ora, dá para praticar isso sem considerar nosso semelhante? Vivemos aqui na Terra em sociedade, e é aqui que temos que praticar nossa vida espiritual. Não fomos feitos com auréola de santos, como nas figuras representativas de anjos, mas podemos ser santos sim, praticando a justiça e com retidão de conduta. Isso é de Deus! Retidão de conduta!
De que adiantaria eu ficar aqui usando verbalizações emotivas e apelativas, não palpáveis, recitasse chavões sem conteúdo prático, se aqui na Terra temos que viver nossa vida, convivendo e aprendendo com nosso próximo? É assim que Deus quer que vivamos e eu tenho que falar isso!
Ao que vencer essa fase terrena com dignidade e retidão de conduta, servindo ao seu próximo como consequência de seu amor a Cristo, estará reservado o Paraíso, mas isso não deve ser nossa preocupação para hoje! Antes de acontecer isso, temos que viver aqui, como representante da casa paterna, com toda a responsabilidade que isso significa.
Desta forma, se você for um advogado, que seja um bom advogado. Se for um médico, esforce para ser bom. Se for professor, dê o melhor para os seus alunos. Como esposo ou esposa, siga o exemplo do nosso pai original, tenha muita dedicação e amor à família. Se for filho, seja uma grande alegria para seus pais e semelhantes.
Espero que o Senhor possa abençoar você e sua casa, seu trabalho e que sua vida seja repleta de práticas de amor. O Senhor está contigo! Ele tem muito cuidado de você! Deus seja louvado! Amém!



terça-feira, 20 de março de 2012

Que importância tem a benção?

“Então disse Jacó: Vende-me hoje a tua primogenitura. E disse Esaú: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura? Então disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Jacó. E Jacó deu pão a Esaú e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esaú a sua primogenitura” - Gênesis 25: 31 a 34.
Existe um fator básico que é determinante para conseguirmos atingir os objetivos, no sentido espiritual ou secular. Posso entender isso, respondendo a uma pergunta elementar: que importância tem a benção para a minha vida? Você poderia me questionar a que tipo de benção estou me referindo, mas benção é sinônimo de objetivos alcançados.
No texto acima, temos duas situações bem definidas e representadas por Esaú, de um lado e por Jacó, de outro. Esaú chegou cansado e queria comer da refeição que Jacó havia preparado. Jacó perguntou se Esaú lhe daria a sua primogenitura caso lhe desse o guisado, ao que lhe foi respondido que a primogenitura não lhe servia para nada, pois o que importava naquele momento era saciar a fome.
A negociação foi fechada. Esaú matou a fome e Jacó ganhou em troca algo que desejava muito, o direito da primogenitura. Podemos até questionar que o preço pago por bem tão importante fora muito barato (um guisado com lentilhas), mas esse foi o valor aceito pelo Esaú! Era mais importante saciar a fome do que ser o primeiro filho de Isaque na sucessão familiar. O primeiro filho, o primogênito, tinha o direito de ser o sucessor na ausência do pai.
Vemos as duas situações: Jacó queria muito ser o primogênito, pois apesar de ser gêmeo de Esaú nasceu depois e perdeu o direito da primogenitura para seu irmão. Esaú tinha a benção, mas num momento de dificuldade, a fome, achou que não lhe valia de nada, pois importava mesmo comer e saciar a fome naquele instante.
Parecia um fato sem maiores consequências, mas mudou a história! Se não fosse a insistência de Jacó em ser mais que o segundo filho, o que nem contava na ordem de sucessão familiar, não seria assim a expressão: Deus de Abrão, de Isaque e de Jacó!   Com certeza no lugar de Jacó estaria Esaú!
Na nossa vida, temos bem claras essas situações. Estamos preocupados com o momento ou com um projeto de vida? Esaú se preocupou muito com o instante e perdeu a benção de uma vida inteira pela frente. Jacó queria mais que o momento e investiu no futuro, num projeto a longo prazo. Os resultados nós conhecemos, muitas bênçãos na vida de Jacó.
E nós, que importância estamos dando para as bênçãos? Estamos preocupados em saciar a fome do momento ou queremos ter uma vida de bênçãos contínuas e vitoriosa?
A benção da primogenitura representava dar a devida importância para uma vida com valores bem claros e com objetividade, com apreço pela vida familiar, pois é onde tudo começa. Uma família tem que estar alicerçada na obediência dos ensinos do Senhor. Jacó representa isso para nós. Ele quis muito ser o sucessor de seu pai, pois o valor disso lhe faria muita diferença pelo resto da vida e até nossos dias.
O que queremos para a nossa vida? Comer apenas, pelo momento, ou plantar sempre para nunca faltar o que comer? Jacó planejou uma vida vitoriosa, sem imediatismo, e nós?    
Muitas bênçãos e muita alegria para você e sua família, na Paz do Senhor Jesus.

domingo, 18 de março de 2012

Por trás dos muros!

“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mateus 27: 51).
O ser humano foi criado num paraíso, livre e com amplitude de horizonte. Não havia cercas nem muros para demarcação de territórios. O Senhor lhe deu a terra como morada e a todos os animais. O homem inventou a cerca, quem sabe para proteger seus animais de predadores, mas também criou os muros pensando em se proteger. Posso imaginar que esse tenha sido o começo de algo muito ruim para a humanidade. O homem se cercou entre muros!
Até ele cercar seu espaço físico com algum anteparo que lhe dê proteção tudo bem, mas estou me referindo aos muros de segregação, muros sociais, que isolam os seres humanos. Parece que isso vem de longe, ou melhor, vem de sempre, desde a queda do ser humano com a desobediência ao Criador.
Existem muros de muitos tipos. Todos são barreiras de relacionamento e distanciam as pessoas, numa clara desobediência ao mandamento do amor ao próximo. Podemos citar muitos muros, muitos tipos de discriminação: racial, religiosa, idade, financeira, status, sexual, cultural, social, e diria também de poder, etc. Estes muros fazem muita diferença na nossa vida e interferem no cumprimento dos mandamentos fundamentais de Jesus: amar a Deus, sobretudo, e praticar esse amor com o semelhante. Como fazer isso escondido atrás de algum desses muros que citei?
Posso entender o fato do véu do templo ter se rasgado, no momento da morte de Jesus, que ali estava decretada a ruptura total com qualquer separação, ainda que fosse no próprio templo. Jesus estava deixando livre o acesso ao Pai para todos que O quisessem aceitar, crendo em sua Palavra, a palavra do amor.
Todos os ensinos de Jesus foram no sentido de acabar com essas segregações e discriminações. Não foi à toa que Ele reafirmou os mandamentos do amor! Quanta importância Ele deu a isso! Colocou o amor ao próximo até como condição de entrada no reino de Deus, numa relação que fez, da prática desse amor com o serviço a Ele próprio.
Sei que os muros que estou falando lhe incomodam também e você gostaria que as coisas fossem diferentes. O que fazer? Nossa parte nisso é testemunhar o amor, como prática de vida, junto ao mundo que nos cerca, cheio de muros e barreiras. Não adianta levantar bandeiras de não à violência, não às discriminações, de que tipo seja, ou ficar dizendo o que deveria ser feito. É preciso que seja feito, e não há outra maneira disso acontecer, senão pelo testemunho de uma vida comprometida com a Palavra.
Medite nessa palavra. Faça a sua parte, saia de traz de algum muro que esteja te cercando. Nossa recompensa é sempre o convívio afetuoso com os nossos irmãos e com nosso Pai e a certeza de uma morada definitiva na casa paterna. Lá há muitas moradas!

sábado, 17 de março de 2012

Deus é Pai!

“Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano?” (Miquéias 6: 6).
Estudando um livro bem pequeno do Antigo Testamento eu encontrei essa maravilha! Temos um Deus amoroso, e que nos quer muito bem! Jamais Ele exigiria de seus seguidores sacrifícios dessa natureza para compensar erros pessoais. Imagine se você comete um grave erro e depois queira oferecer seu filho como pagamento! Está certo isso? Ou mesmo se a oferta fosse de um bezerro de um ano, como no texto escolhido. Veja a sequência do texto citado acima: Miquéias 6: 7 – “Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma?”
Quem pecou descumpriu preceitos recomendados pelo Senhor, portanto é responsabilidade pessoal. Como resolver isso senão de forma pessoal também? Agora veja o verso seguinte: Miquéias 6: 8 – “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?” Você consegue perceber como nosso Deus é diferente? Ele não quer seu sacrifício, mas seu coração, na forma de cumprimento de preceitos simples e básicos, que são fundamentais à nossa vida aqui na Terra, em comunidade.
Tenho dito que nós devemos praticar o bem e a justiça como forma de adorarmos a Deus, nosso Senhor. O texto que citei, nos seus três versos chama a atenção para isso. E, se percebemos bem, muito do que é dito de nosso Deus não combina com sua forma justa e carinhosa de se relacionar com o ser humano, sua família, sua menina dos olhos. Se eu falhei em cumprir a justiça, Ele é fiel e justo para me perdoar, pois ele me quer, sou parte de sua família. De nada adiantaria eu oferecer um bezerro, indefeso, incriminável, como expiação por meus erros. Tenho que confessar os meus pecados e assim me reconciliar com o Senhor. Isso é correto, pois Jesus veio ao mundo para dizer isso: que façamos o bem e a sua justiça na forma de manifestar nosso amor a Deus e praticar isso com nosso semelhante, mandamentos máximos. Ele praticou isso em todos os seus atos. Deixar de cumprir isso é o que caracteriza pecado e gera consequências.
Concluo que se não fazia sentido o sacrifício e oferendas, similares aos pagãos, antes de Jesus, agora mais do que nunca isso não faz nenhum sentido. Somos resgatados pela nossa aceitação de que Jesus veio mostrar o Caminho, a Verdade e a Vida com seus gestos, palavras e atitudes e por isso Ele morreu. Façamos isso e pronto! Estamos com Deus e tudo mais que advier é consequência dessa nossa familiaridade com Ele, que é o nosso Pai, nosso genitor! Fique com Deus, seja um bem aventurado, sempre, com Ele!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Amar, amar, amar... sempre!

“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus”- Mateus 5: 44.
Meu amigo, eu desejo que Deus esteja bem presente em sua vida, desejo-lhe mais da santa companhia do Senhor. Assim estou desejando o melhor presente e a melhor benção para você e sua família.
O ser humano vive procurando fazer compensações para sua incompreensão das coisas de Deus. Inventa datas comemorativas, que em principio são auspiciosas, mas chega onde? Em cada final de ano, tudo se repete, as comemorações natalinas tomam conta de todos. Depois vem o carnaval, transformando tudo em festas, ou farras. Depois virão outras datas: dia das mulheres, das mães, dos pais, dos namorados, etc. Seria tudo muito bom e louvável para que as pessoas pudessem viver em comunhão.
Mas, para que vivamos em comunhão é necessário mais que festas e palavras de bons desejos de uns para com os outros. Precisamos estar reconciliados como filhos de Deus e a palavra diz que temos que amar incondicionalmente a todos os nossos semelhantes, até os nossos inimigos.
Veja o texto acima, escolhido para embasar essa mensagem. São palavras de Jesus, ditas no sermão do monte quando ensinava pessoalmente aos seus ouvintes a deixar o ódio de lado. Podemos até dizer que o mundo jaz no maligno, por consequência do ódio instalado no coração do homem, desde a queda.
Satanás, odiando a Deus, queria usurpar-lhe as honras e o trono e, por sua vez, transferiu esse rancor para o coração do homem, agora seu seguidor, para com ele agredir e magoar ao Senhor. Ele fez com que o homem, criatura de Deus, demonstrasse desafeto e desamor para com seu Criador.
Onde está presente o ódio e suas consequências está presente satanás, com o firme intuito de desacatar ao Senhor e destruir suas obras. O homem é a melhor obra de Deus, a menina de seus olhos! Portanto, destruir ao homem é a maior agressão que satanás pode fazer ao nosso Senhor!
Por outro lado, onde está presente o amor e suas obras, Deus está presente e contente por saber que seus filhos estão vivendo bem em comunidade e em harmonia, com respeito e dedicação de uns para com os outros.
Ora, se queremos ter uma vida cheia de boas realizações é bom pensarmos em ter o Senhor do lado e para isso é condição estar do lado do amor, muito distante do ódio. É uma questão de escolha de que lado ficar, isso tudo com toda a liberdade que Deus nos concede. Amor ou ódio?
Sabendo que cada escolha traz consigo consequências, eu espero que você tenha compreendido que temos um caminho de amor a percorrer e com isso atingir os melhores resultados, doravante.
Deus abençoe a você e toda a sua família, o seu caminhar e o seu descanso, hoje e sempre! Amem!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Está na conta!

“E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”- Romanos 8: 17.
Certo homem simples, com muita saudade de sua terra natal, distante, vendeu tudo o que possuía e com o dinheiro que conseguiu comprou uma passagem de navio para a viagem, de regresso, tão sonhada.
Qual não foi sua surpresa quando descobriu que seu dinheiro era suficiente apenas para a passagem. Embarcou muito apreensivo, pois sabia que a viagem demoraria vários dias e esse tempo a bordo ser-lhe-ia de grande sacrifico, visto não ter sobrado dinheiro para se alimentar e desfrutar do que o navio possuía, pensava ele.
Treze dias se passaram sem que aquele passageiro tivesse feito uma refeição, dormido em um dos camarotes ou desfrutado de qualquer dependência do navio. Cansado, desnutrido, tremendamente debilitado, dirigiu-se ao comandante, expôs sua situação e implorou por uma refeição. Surpreso, o comandante do navio explicou-lhe que quando alguém compra uma passagem tem garantido tudo o que o navio oferece, além da própria viagem!
Eu li essa história numa folhinha de calendário, amarelada pelo tempo, mas me chamou a atenção a semelhança com nossa vida de filhos de Deus.
O apóstolo Paulo diz no versículo citado acima, que somos herdeiros juntamente com Jesus, como filhos, do próprio Deus. Isso significa dizer que temos à disposição tudo o que isso representa. Desta forma, podemos ter certeza que nossa vida não será apenas de sacrifícios e tristezas, pois se sofremos com Cristo também seremos glorificados e isso quer dizer que teremos vitórias, alegrias e paz, entre outras coisas.
Para desfrutar de tudo o que nos é garantido pela nossa filiação com Deus, é preciso conhecer e aprender a desfrutar as bênçãos prometidas! Ficar na ignorância pode fazer com que passemos fome, sede e deixemos de usufruir o pão da vida e a água cristalina que o Senhor nos garantiu pela nossa adesão ao seu plano de redenção.
Conheça melhor nosso Deus. Informe-se de suas promessas de grande misericórdia. Nossa vida pode ser muito bela e cheia de graça! Fique com Deus!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Amigo chegado!


O ser humano tem alguns antagonismos que nos faz pensar e fazer conjecturas. É comum ouvirmos mensagens e pessoas dizendo em ir para o céu, frequentar o trono de Deus. Isso se manifesta como um anseio do ser humano em voltar para junto de seu criador. É explicável, pois buscamos sempre as nossas origens, quer pela ciência procurando nos seus estudos, quer pelo ser comum buscando o céu como alternativa de bem estar futuro.
Se não fosse assim nem haveria sentido a religião, pois sua pretensão é promover essa ligação do ser humano terreno com o céu espiritual. Mas, interessante notar as palavras do Senhor quando proferia instruções às igrejas nas revelações ao apóstolo João, exilado na ilha de Patmos por ser um dos que acreditaram e pregaram o amor, a mudança de atitudes e o viver justo para com todos, conforme exemplo de Jesus com seus ensinos e ações, pelos quais foi às últimas consequências.
Todos querem ir ao céu desde que seja no futuro, embora queiram viver como se estivessem no céu, sem problemas, sem nenhuma provação e se possível sem nenhum compromisso para isso. Esse céu espiritual é meu alvo e será bem vindo, mas antes preciso cear com Jesus e isso só se dará na minha casa, por enquanto. Jesus disse: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. Se ele for meu amigo chegado, de casa, então temos intimidade para partilharmos coisas maiores, e aí inclui o almejado Céu.
Já que ninguém gostaria de morrer hoje para ir ao céu logo, então temos que saber que as condições são bastante claras para o futuro que almejamos. Abrir a porta de nosso coração, ou seja, crer em Jesus, em sua palavra de amor a Deus e ao próximo, praticando isso com muito zelo é a condição para entrar lá um dia. Jesus não é apenas um nome de alguém que fez história, representa mudança de comportamento e isso nos permite uma vida aqui na terra comprazível a Deus e aos nossos semelhantes.
A amizade chegada com Jesus significa uma busca constante por fazer as coisas como ele fez, com ênfase no relacionamento saudável e de respeito com Deus e com todos os nossos irmãos. O prêmio, então, será o nosso tão almejado céu! “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”; são promessas especiais. E no céu, por essas promessas, teremos muitas alegrias e paz, de viver com ele e frequentar os lugares celestiais que foram preparados com muito amor para nós.
Posso concluir essa palavra dizendo que podemos sonhar com o céu sim, mas Jesus está mais próximo do que pensamos, está do lado querendo entrar em nossa casa e cear conosco. Ele procura intimidade conosco. Tá afim? Quer o céu? Então abra o seu coração primeiro!!! Deus te abençoe, sempre, como tem feito.