segunda-feira, 23 de abril de 2012

Se me olhas com pressa!

“Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois, em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram”. (Mateus 13: 16-17)
Outro dia eu disse numa aula dominical que nossos olhos e ouvidos são muito importantes para o aprendizado e para adquirirmos conhecimento. Hoje vou estender esse entendimento da importância da ação de olhar e de ouvir. Interessante pensar que, mesmo tendo olhos e ouvidos, podemos estar cegos ou surdos.
No versículo citado, Jesus disse sobre a bem-aventurança de poder ver e ouvir. Creio que ele estava se referindo ao ato de prestar atenção na utilização destes órgãos do sentido. De que adianta ter olhos se não enxergo nada, ou ter ouvidos se não consigo ouvir nada? A pior cegueira e a pior surdez é a percepção falha advinda pela desatenção para com o próximo. Passamos todos os dias por pessoas e não lhes vemos com atenção, e nem ouvimos seus anseios e razões.
Naquele tempo, o tempo de Jesus, eram bem aventurados os que podiam ver e ouvir ao Senhor. Antes dele muitos desejaram ter esse privilégio e não tiveram, por estarem em dimensão temporal diferente. Hoje podemos ver a Jesus quando reparamos bem no nosso próximo e não há como fazer isso com pressa. Se me olhas com pressa, eu sou apenas o que você vê. Mas, eu sou o que você veria se me olhasse sem pressa.
O que eu quero dizer com isso? Que todos nós temos muitas coisas para serem apreciadas e que espelham bem nossa identidade, nosso caráter, nossa personalidade, nosso interior. É através desse olhar mais atento que poderemos nos conhecer melhor, uns aos outros. O olhar apressado leva ao julgamento precipitado, ou seja, achamos que vimos mesmo sem ter visto direito. Se usarmos corretamente nossos sentidos, veremos que é com eles que poderemos desempenhar melhor nossa missão de servir ao próximo como a nós mesmos.
Gaste tempo com os sentidos! Você verá como é bom o paladar, mas muito especial é o “olhar vendo”, o “ouvir ouvindo”, e até mesmo o “toque tocado”, descontando a redundância dos termos.
Sei que você está me entendendo e, a partir deste momento, prestará mais atenção a sua volta. Com certeza, descobrirá que seus olhos são muito melhores do que tem sido e seus ouvidos são muito acurados.
Muitas bênçãos e muita alegria para você e sua família, na Paz do Senhor Jesus.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um senhor professor!

“Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; quem é injusto no pouco, também é injusto no muito”. (Lucas 16:10)
Mais uma vez vou falar acerca de um mestre e de um senhor professor, Jesus. No evangelho escrito por João, Jesus é apresentado como o verbo, que estava com Deus desde o principio. O verbo significa Palavra.
Normalmente a gente fala de Palavra sem entender direito o que isso significa. Palavra, na ordem divina, significa sabedoria, justiça e a prática desta, que pode nos tornar santos como planejado pelo criador.
Jesus veio mostrar que, mesmo vivendo num mundo cheio de injustiças, nós precisamos praticar a justiça como consequência de uma vida de amor para com Deus e ao próximo.
Deus, em muitas passagens no Antigo e Novo Testamentos, deixa claro que é Justiça e praticante dessa justiça e assim quer que seus filhos ajam da mesma forma. A pratica da justiça é condição essencial para quem quer estar do Seu lado e contar com Sua presença.
Jesus, em uma parábola, até disse que existe um abismo entre o bem e o mal, ou se preferir entre a justiça e a injustiça, ou ainda entre a retidão e o pecado. “E, além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós”. (Lucas 16:26)
A estratégia de satanás sempre foi tentar diminuir a diferença entre o certo e o errado. É como se tentasse criar uma ponte entre o céu e o inferno, aliviando os contrastes. Mas isso não funciona com Deus. Para Ele o que é justo é justo sempre e o que é errado será sempre errado.
Entre o bem e o mal, a despeito do que se queira contemporizar hoje, existe um abismo grande e muito bem definido. O que temos que pensar é que o abismo que existia entre o bem e o mal é para sempre e suas dimensões nunca diminuirão.
Praticar a justiça define de que lado estamos. E Deus quer que tomemos essa decisão de estar de seu lado, o lado da justiça e da santidade.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

As marolas

EDDIE,
A vida da gente bem que poderia ser comparada a uma competição olímpica, ou melhor, vamos pensar numa prova de natação. O que temos: provas de classificação, semifinais e finalíssima. Para chegar lá é preciso alguns requisitos básicos e outros de pura competência do competidor.
Os requisitos básicos podemos enunciá-los como: qualidades genéticas, equipamentos para treinamentos e locais adequados, custeio financeiro, etc. Dentre os outros, de caráter puramente pessoal, estão: treinamento, dedicação, vontade de chegar ao objetivo e a capacidade de aprender e somar experiências.
Na piscina olímpica temos as marolas, a tormenta dos nadadores de algumas raias. Ai de quem nadar pelas raias um e oito, até mesmo dois e sete. Os melhores sempre nadam pelas raias quatro e cinco, centrais.
Como ser um dos melhores?
Na natação, todos vão dizer que o treinamento é fundamental, que o apoio financeiro é necessário, que..., que..., etc. Na natação, para ser finalista é preciso chegar entre os primeiros na prova de classificação, depois chegar entre os primeiros nas provas semifinais. Finalmente, se quiser nadar pelas melhores raias precisa estar nas semifinais entre os quatro melhores tempos.
Na verdade nem dá para dizer que os melhores são melhores e os piores são piores, pois quem sabe os resultados não fossem outros se o efeito das marolas fosse igual para todos.
Mas é importante o fato de cada um ter que buscar as melhores posições de largada. A chegada já é outra história, mas o esforço será melhor aproveitado.
Na vida, como disse antes, é bem parecido. A gente pode ter boas heranças genéticas, se preparar bastante pelos estudos, mas ninguém vai muito longe sem duas características fundamentais para a definição de quem largará pelas melhores pistas, tendo assim percursos menos turbulentos, sem tantas marolas.
A primeira é a vontade de chegar a algum lugar, ter objetivos a alcançar. Só então será possível definir o tipo de treinamento a fazer. A segunda, direi eu, é a capacidade e boa vontade de somar com as experiências dos outros para economizar energias para dispendê-las nos momentos certos. Aprender com os erros e acertos já cometidos poupa-nos tempo. O bom uso destas características é o primeiro aspecto determinante das melhores posições de largada para a vida. O resto busca-se. A educação formal coopera com sua parte, mas o pulo do gato cada qual terá o seu.
Não é preciso descabelar-se nem atropelar com atitudes inescrupulosas algum possível competidor. O jogo da vida é legal quando é limpo! Também não precisa querer todas as vitórias hoje. É preciso saber esperar e preparar-se para elas. As vitórias virão! Mas sempre como consequência de um bom trabalho.
Lembra-se que eu disse antes que na natação o nadador precisa buscar as melhores raias, e estas estão ao meio, para evitar as marolas? Então, na vida também nosso percurso será facilitado longe das marolas. As marolas da vida são maiores quando saímos pelas raias baixas - muita timidez, falta de ousadia; ou quando saímos pelas raias altas - muito radicalismo e intolerância para com os que, talvez, não tenham a mesma competência e disposição que a gente.
Meu filho pode ser que estas sejam as últimas instruções que te dou, mas saiba que você está no caminho certo e não se esqueça que eu te amo.
Gostaria de terminar te chamando de filhinho, é mais carinhoso, mas o diminutivo também condiciona para as raias baixas. Então poderia te chamar de filhão, mas talvez possa estar estimulando uma tomada de posição pelas raias altas, mas você sabe que eu te amo de qualquer forma.
Sendo assim termino dizendo: Meu Filho! Com F maiúsculo para demonstrar que apesar de não chamar de meu filhão, você é mais que...

terça-feira, 17 de abril de 2012

Sorte ou azar?

A sorte ou o azar é, simplesmente, uma questão de decisão e escolha. Palavra dita sem pensar nem sempre dá a conotação daquilo que queremos dizer ou do seu significado mais completo. Por exemplo, sabemos que a palavra sorte está associada a bom resultado na vida, podemos até dizer que induz-nos a pensar em prosperidade econômica. Por outro lado, a palavra azar indica o contrario, ou seja, falta de bons resultados e dificuldade econômica e coisas parecidas.
Se pensarmos de outra forma: sorte pode significar benção e azar pode até significar a falta desta ou, numa palavra mais contundente, maldição. Então parece que já percebemos outros significados para as duas palavras. Nessa ótica de pensamento, entendemos que se a sorte é a presença da benção na nossa vida ela nos alcança sempre, se escolhermos estar com Deus. De outra forma, o azar, sendo maldição, significa a ausência de Deus na nossa vida. Veja como as palavras são importantes quando colocadas em um contexto apropriado.
Agora, depois de identificar o significado das duas palavras, podemos discutir como estar no lado certo. Queremos a benção ou não?
No texto destacado abaixo voce, se quiser lê-lo inteiro (Salmos 1: 1-6), poderá verificar que tanto uma coisa como outra é consequência de nossas atitudes e decisões. Ninguém será abençoado se estiver fazendo as coisas erradas, ou se ficar de braços cruzados esperando o tempo passar.
Mas, o resultado poderá ser muito melhor, abençoado, se estivermos fazendo as coisas acontecerem da maneira correta, a da justiça. Quem faz acontecer somos nós! Deus está do nosso lado para nos dar entendimento de sua palavra e daquilo que necessitamos para estarmos do lado da benção, o lado dos bons resultados. Veja, ele disse que se andarmos segundo sua palavra e deixarmos os conselhos e práticas ímpias seremos abençoados, como planta que cresce em local apropriado e bem fértil, que dará muitos frutos.
O caminho do justo florescerá sempre, isso é benção e advêm em nossa vida quando decidimos viver em conformidade com a justiça, que é de Deus. Assim sendo, tudo o que fizermos está abençoado e será bom.
De outra forma, o contrário você já pode imaginar, e aí que diferença faria se usássemos a palavra azar ou maldição? O que pratica as coisas erradas, ou seja, aquele que faz o que não está de conformidade com a justiça e com o certo, está sozinho e não poderá contar com Deus, que é justiça e amor.
Voltando ao inicio desta mensagem te pergunto: sorte ou azar não é mesmo uma questão de escolha e decisão? Eu fiz esta escolha de viver segundo os conselhos de Deus e posso lhe assegurar que tenho sorte e agora você sabe que isso é benção! Creio que você também já fez essa escolha.
Caso contrário, sei que está pensando nisso agora e Deus já se achegou para junto de você e te diz, como pai amoroso que é: deixa que eu te seguro pela tua mão direita e te conduzo, potencializando suas realizações em bons resultados. Eu te ajudo!

"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores... /... Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha". (Salmos 1: 1 e 4)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Voce é uma benção!

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. (Atos 1: 8)
O verso acima me induz pensar na grande missão de levar o evangelho a toda criatura. Primeiro Jesus disse aos discípulos que fossem por todo mundo, mas em seguida disse que ficassem em Jerusalém até serem revestidos de poder, que adviria pela virtude do Espírito Santo. Esse revestimento os encorajaria a serem testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra.
Bem, pensando com os conselhos de Jesus o vemos ensinando como se daria a massificação do evangelho. Seria pelo testemunho, partindo do individuo para o exterior. Todos somos chamados a testemunhar. Não preciso ser pregador de multidões para estar cumprindo a missão, mas com certeza todos tem que testemunhar a mudança que acontece quando se tem uma vida reconciliada por Jesus. O próximo será sempre beneficiado com a minha nova vida.
Às vezes ficamos preocupados porque não temos um ministério de pregação em púlpitos e para multidões, mas, antes de chegar a isso, temos um bom caminho a percorrer. Senão, vejamos o seguinte: Como entender o que me cabe nessa comissão de pregar o evangelho pelo testemunho?
O próprio Jesus disse, e podemos entender num paralelismo com o verso citado, que há uma escala crescente para esse desenvolvimento. Primeiro temos que testemunhar dentro de casa com nossos familiares (Jerusalém), e isso significa dar exemplos de amor ao próximo com os mais próximos de nós. Depois, numa sequência de dentro para fora, temos os nossos amigos, os que gostamos e temos em boa estima (Judéia). Depois seguem os não amigos, mas que estão mais próximos de nós. Nessa categoria podemos colocar as pessoas que vivem próximas com as quais não temos amizades. Jesus veio para eles também e espera que tenhamos compaixão por suas almas (Samaria) e, por fim, temos os de mais longe (confins da terra). Nessa escala podemos colocar os pregadores chamados a este ministério, mas, de alguma forma nosso testemunho chegará aos confins da terra, mesmo que não sejamos pregadores, pois o testemunho será como uma onda que passa de um para outro. Nessa linha de pensamento creio que se não estamos testemunhando junto aos nossos mais próximos, os familiares, como vamos querer ir aos confins da terra?
Está em nossas mãos uma missão muito importante: servir ao nosso próximo como Jesus. Isso é o testemunho. Mais de práticas e menos de discursos e contar histórias bonitas. Nosso ponto de partida é uma vida cheia da presença do Espírito Santo, como diz o verso, que nos capacita a sermos servos. Posto essa transformação de vida, nossos familiares são os primeiros beneficiados com nossa vida nova, depois nossos amigos, depois os demais numa escala crescente que pode chegar aos confins da terra.
Pense nisso e saiba que você também pode pregar o evangelho. Jesus espera que isso ocorra, de fato. Você é uma benção! Que a Paz seja mais que um desejo, mas uma realidade em sua vida.

domingo, 15 de abril de 2012

Fazendo o bem!

“Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas”. (Isaías 1: 17)
Tenho dito, insistentemente, que devemos praticar o bem como consequência de nosso amor a Deus. Em palavras mais diretas, bíblicas, isso seria amar ao próximo como a si mesmo. Poderíamos chamar a isso de assistência social?
Há milhares de organizações, associações, instituições e pessoas que já demonstram essa preocupação com o próximo. Por isso fazem suas ações de benevolência distribuindo alimentos, roupas, agasalhos, brinquedos e presentes. Há também os que se preocupam com atendimento de quesitos de saúde e educação, embora essas ações sejam mais esperadas dos poderes governamentais. O que leva a essa ação humanitária e social de socorro aos mais necessitados?
Podemos ver que onde falta o Estado, se não houver a compaixão de alguém, a miséria será muito mais doida e, como cristãos, nos comovemos por isso. Graças ao sentimento bom que ainda podemos ter, o amor, isso nos incomoda e nos move a fazer alguma coisa, ainda que mínima. Esse é um aspecto do bem que normalmente vemos na sociedade, mas hoje eu quero focar na amplitude da razão do bem.
Quero comentar aqui alguns aspectos do verso escolhido, para falar do bem. Percebo que são muito importantes as ações sociais de socorro, mas elas são mais necessárias no presente, como consequência do descumprimento do sentido verdadeiro da prática do bem, em tempos anteriores. Basta voltar ao verso acima, onde vemos que o que deve mover o sentimento do homem é o senso de justiça. “Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas”.
Na verdade, praticar o bem é ir além das ações sociais. É praticar a justiça! O que é praticar a justiça? É fazer o que é correto em qualquer situação! Para quem decide praticar o bem, não há espaço para corrupção, de que tamanho for. Para quem decide praticar o bem, não há lugar para pensamentos de morte, de agressividade sem causa, brutalidade. Para quem decide praticar o bem, não usurpa direito de ninguém, não rouba. Para quem decide praticar o bem, é normal ser justo e ensinar seus filhos no caminho da justiça. A consequência da prática da justiça seria um mundo melhor para todos, onde não haveria tanto clamor por assistência social.
Poderia falar muito mais sobre isso, mas creio que o sentido já foi compreendido. Fazer o bem é ser de Deus, sentir e demonstrar o nobre sentimento do amor, que é dom de Deus e assim viver, sem abrir mão disso. Não é possível ser de Deus fazendo as coisas erradas. Por isso a importância do amor ao próximo como a si mesmo. O que você quer para você, é mister que pratique com o semelhante, de outra forma o que não lhe é bom, não faça com o próximo. Certo?
A Palavra, pela qual Jesus deu sua vida, é isso. Praticar justiça é viver pelo amor. E amor tem três dimensões básicas: a Deus, a si mesmo, e ao próximo. Examinai mais as Escrituras, pois nelas há a vida, que é eterna.
Fique com Deus fazendo o bem, com todas as implicações que isso traz e tenha uma vida abençoada. Amemos mais! Que o Senhor, que quer estar contigo, te de Paz sempre!


 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Com fé fica mais fácil!

“E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé”. (Gálatas 3:11)
A história de Israel é muito cheia de peripécias, lutas, vitórias esplêndidas. O povo de Israel fora escolhido para estar entre as nações da terra. O certo é que o Senhor queria seu testemunho entre as nações e, até aqueles tempos, os israelitas não haviam compreendido isso.
Demonstração de poderio bélico nunca seria a forma utilizada pelo Senhor para ser louvado e engrandecido na terra. Pela sua maneira, o resultado final de transformação nas vidas dos israelitas daria testemunho de si e seria presenciado pelas demais nações. Mas, eles sempre preferiram acreditar mais num Deus de guerra e se comportar como exército de Deus do que reconciliarem-se com ele, pela fé e observância de seus ensinamentos. O poder do seu Deus seria manifestado pela sua presença entre eles, dando-lhes sabedoria, coragem e entendimento de sua palavra, o que seria uma frente muito grande diante de qualquer adversário.
Diante da incompreensão dos termos da aliança eles acabaram por se tornar escravos em outras nações, pois nem todas as guerras foram vitórias. Dessa forma, eles cumpriram os propósitos do Senhor, de testemunhar e proclamar o Único Deus entre as nações, mesmo que para isso fosse preciso perder algumas guerras e serem levados cativos. Grande parte da história israelita narrada na Bíblia diz respeito às suas passagens por outras terras, onde, como cativos, davam testemunho de seu Deus. Muitos perseveraram no cumprimento da lei e deram grandes exemplos, para todos os povos e para todos os tempos, de como o Senhor era grandioso e poderoso em seus feitos.
O fundamentalismo legalista oriundo do cumprimento da lei e por suas penalidades, fez com que grande parte dos filhos de Israel, mesmo como vagantes escravos entre as nações, observasse a parte dos mandamentos que regulavam seu relacionamento com Deus. A firmeza em exigir o cumprimento da lei entre eles foi severamente mantida principalmente, como já disse, devida às penalidades, temidas por todos. Isso os unia contra tudo e contra todos e parecia até inverter o conceito a ser esperado deles, o da tolerância e respeito ao semelhante. Se eles conheciam ao Deus Único, a responsabilidade maior em manifestar as qualidades desse Deus era toda deles, invés disso esperavam compreensão e tolerância dos outros.
A história do povo de Israel e sua importância como mais um socorro emergencial de Deus ao ser humano é muito rica, mas muito complexa também e merecedora de estudos específicos. Foi muito importante a permanência da presença do Senhor nos corações humanos até aos dias da vinda de Jesus, que seria o derradeiro e definitivo socorro ao homem. Essa permanência se deveu ao povo de Israel, que conduziu a aliança e deu guarida às boas noticias, ainda que com muito custo e muitos percalços até o momento oportuno da salvação.
Muito se pensa no que seria agradável ao Senhor e o que lhe é valioso, de fato, como fundamento de vida e creio que isso poderia ser sintetizado na palavra retidão, ou seja, na prática da justiça, das coisas certas, do bem. É o verdadeiro caráter que Deus tanto quis transmitir aos homens através dos tempos. “Balanças justas, pesos justos, efa justo, e justo him tereis. Eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito” (Levítico 19: 36). Vamos estender o entendimento desse verso em ser justo sempre.
A fé, para crer na palavra que vem de Deus, teria feito grande diferença em toda a vida e história de Israel. Pela sua história passaram patriarcas, juízes, reis (bons e maus), profetas e muitos justos que deram suas vidas por amor ao Senhor. Pela sua história passaram pessoas valorosas como Samuel, Rute, Ester, Davi, Salomão, Isaías, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abednego, Habacuque, Malaquias e tantos outros. Sem sua história não haveria a nossa história, provavelmente.
Deus esperava que o seu povo cresse em suas palavras e vivesse com essa esperança e segurança. O povo de Israel viu e ouviu muitos feitos em seu socorro, mas poucos tiveram a fé instalada em seus corações porque ficaram sempre esperando um Deus de guerra. Será que temos fé para crer, hoje, ou estamos ainda esperando um Deus guerreiro que vá a luta por nós?
Deus abençoe você e sua família, na Paz do Senhor Jesus.

Obs.: Essa mensagem foi extraída do livro Amor em Movimento, autor João Carlos da Silva, Editora Biblioteca24hs

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Alegria, meus motivos

“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”. (Gal 5: 22)
Pensando que todas as características citadas por Paulo, no verso acima, derivam do amor, ocorreu-me destacar duas características entre todas: gozo e temperança.
O que me chama a atenção é o fato dessas duas características estarem diretamente relacionadas com o nosso ser interior. Eu sou o maior beneficiário de estar feliz ou de ser moderado, embora isso afete positivamente as pessoas que me cercam.
A palavra gozo pode ser entendida como sinônima de alegria que significam, entre outras coisas, sentimentos de prazer, de satisfação, de felicidade, de contentamento, de júbilo, etc.
A palavra temperança, por sua vez, significa qualidade ou virtude de quem é moderado; sobriedade.
Porque essas características despertaram minha atenção?
Diante do corre corre diário que vivemos e da necessidade sempre crescente de realização pessoal e conquistas (quase tudo gira em torno de ter posses), quando isso não acontece leva as pessoas à frustração, quando não leva a transtornos típicos como depressão, stress e outros.
O que tem a ver temperança com alegria? Ora, pense e reflita se a afobação, o descontrole e uma vida desenfreada, com correria exagerada e sem moderação não tiram o sono e a alegria de muita gente. Não seria a falta de temperança o grande motivo para a insatisfação, o sentimento de falta de prazer e até mesmo para a tristeza?
Quando aprendemos a ser 'temperados', pela palavra de Deus, que nos orienta a não ter preocupações exageradas com as coisas da vida secular, com certeza a alegria não estará muito longe de nós. E o próprio Jesus nos recomendou que fôssemos temperos para o mundo, pela luz e pelo sabor especial que temos, como qualidades adquiridas do seu Espírito.
Claro que muitas vezes temos motivos para estarmos tristes, mas a alegria sempre vem a seguir. Não quero apelar para expressões sentimentalistas para esse texto. Você já ouviu e leu expressões que te induzem a pensar que você vive numa situação paradisíaca, frente aos problemas vividos por outras pessoas menos favorecidas.
Se tivermos uma vida com Jesus, onde a preocupação em servir a Deus e ao próximo seja uma constante, como consequência do amor em nós, teremos menos motivos para desesperos e assim nossa alegria chega sempre e logo.
O Espírito Santo está sobre sua vida e com ele vem a alegria, mais um presente para você. Você é nova criatura, com as qualidades de uma vida renascida, e pode gozar da alegria e da temperança, que farão muita diferença na sua vida, sempre! Tenha a unção da alegria! Muita alegria para você e sua família, na Paz do Senhor Jesus.



quarta-feira, 11 de abril de 2012

de boca a ouvidos


Tenho grande preocupação, quando escrevo esses textos, em transmitir a palavra comunicada por Jesus como sendo o guia para nossa vida. Seguir a palavra faz a diferença em nossa vida, como água e óleo, como luz e trevas. A palavra é a luz para clarear o caminho. Já dizia o salmista que a palavra era lâmpada para os seus pés e luz para o seu caminho.
Muitos não conseguem entender a expressão metafórica para além da compreensão popular concernente a luminosidade. Mas, se estendermos o sentido da palavra, veremos que luz pode significar conhecimento, sabedoria. Então cremos que o conhecimento da palavra clareia o nosso viver e nos dá mais condições de atingirmos nossos objetivos.
Quem conhece o caminho não vacila diante de seus percalços. Quem conhece o caminho não tem medo do que pode encontrar mais adiante. O caminho está claro pela palavra! Jesus se colocou como a luz do mundo, pois quem o conhece não anda em trevas. Quem o conhece tem a luz para o seu caminho. Interessante notar que a luz pode clarear em todas as direções, portanto podemos saber onde estarão os obstáculos, venham de onde vierem. Assim, a importância da luz está na segurança que proporciona para os caminhantes. Sem luz o caminho será sempre perigoso e sem certeza de como e onde chegar.
Tudo isso que disse até agora é para reforçar a idéia de que Jesus, enquanto esteve aqui na terra foi a Luz, pessoalmente, ou seja, falou a palavra de boca a ouvidos. “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. (João 9: 5)
Depois de sua morte a palavra, que é a Luz, continuou aqui conosco. Mas, a partir daí a responsabilidade de ser a luz do mundo é nossa. Nós conhecemos a palavra e devemos passar isso aos demais. Isto significa clarear o mundo sendo a luz do mundo. Não podemos esquecer dessa recomendação jamais! – “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”. (Mateus 5: 14)
Conhecemos a palavra, brilhamos como uma cidade edificada em lugar alto onde todo olho vê. Se andamos na Luz, temos a luz e brilhamos no mundo, clareamos o mundo. Temos conhecimento e sabedoria oriundos da palavra para levar ao mundo e com isso iluminar o mundo. Muito bonito isso.
Pensando assim, creio que podemos afirmar que quem conhece a palavra pode ser a Luz no inicio, no meio e no fim do túnel.
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8: 12)
Muita luz e muita clareza para a sua vida e para toda a sua família, amigos e colegas de trabalho.

 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Ação do bem!


Nas intervenções de Deus, para socorrer a humanidade e evitar sua extinção prematura após a queda no Éden, ocorria a separação de um homem ou família para recomeçar a proliferação de descendências mais cordatas e mais próximas do seu Criador, quem sabe. Isso aconteceu com Noé e sua família, que teriam que repovoar a terra após o dilúvio. Repetiu-se também com Abraão, que teria por compromisso constituir uma nação de pessoas 'abençoadas' e que fossem testemunhas do grande Único Deus. Na verdade, os descendentes de Abraão se tornaram conhecidos como nação quando saíram do Egito pelas mãos de Moisés e retomaram suas terras em Canaã.
Jesus também daria inicio a uma nova genealogia de escolhidos, a terceira após Adão, mas, desta vez não pela ordem biológica, sim pela ordem espiritual. Iniciava-se em Jesus uma genealogia paralela, pela fé e boa vontade dos que n’Ele crêem. Creio que o propósito do Senhor teria sido esse desde o princípio. Deus idealizara um povo comprometido consigo, por amor e pelo amor. Não foi compreendido em nenhuma das ocasiões anteriores. Acredito que isso se deva ao fato dos homens estarem mais preocupados em possuir a terra que em serem transformados pelo amor a Deus e pelo próximo.
Tanto isso parece ser verdade que Jesus foi rejeitado, como o Messias da promessa, porque não era homem de guerras e conquistas territoriais. Embora tivesse vindo num momento crítico da história de Israel, em nenhum momento assumiu posição de batalhas, como o esperado do povo. A diferença estava em que Jesus foi firme em seus propósitos e compromissos junto ao Pai e até morreu por isso, coisa inaceitável para um guerreiro conquistador.
Ouvimos muitas vezes analogias que colocam Jesus como general, em justaposição a textos do Antigo Testamento, onde Deus suportou batalhas e favoreceu vitórias aos israelitas. Essa era a realidade vivida por eles no passado. Batalhas e conquistas sempre estiveram em sua história, sendo que em algumas foram vencedores, mas em outras perdedores. Jesus nunca se apresentou como general ou chefe de nenhum exército, ainda que espiritual. Apresentou-se como o filho e legitimo representante de Deus, enviado a exortar sobre as boas novas que se perdiam no tempo, exatamente pela ênfase dada às batalhas com os outros povos e não à pratica das recomendações que eram portadores.
Por outro lado, podemos até pensar em Jesus como líder, pois deu início a uma nova aliança do ser humano com seu criador, mas as armas que ele usou e colocou em nossas mãos são todas derivadas do amor. Amor a Deus e ao próximo. A nossa única batalha é a da ação! Ação do bem!
Notamos que a decisão de Deus de resgatar o homem, que se havia perdido, se dera antes mesmo de expulsá-lo do paraíso. Desta feita, ele estava acenando ao filho com seu amor paternal que estaria sempre por perto, ali do lado, para recebê-lo de braços abertos, se arrependido, e dar-lhe guarida em sua casa. Deus quer lhe receber todos os dias! Fique com Deus.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. (Atos 1: 8)

Nota: Este texto foi extraído do livro Amor em Movimento, autor João Carlos da Silva, Editora Biblioteca24hs.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Verdade liberta!


"E aquele que me enviou está comigo. O Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada; ...E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". (João 8: 29-32)
Inicio este texto com a certeza de que o Senhor está do seu lado, sendo-lhe companhia, dando-lhe entendimento, paz e muita alegria.
Quando nos dispomos a entender a Palavra, não há como distinguí-la da Verdade a que Jesus se referia. Ouvimos e lemos mensagens a todo instante. Umas parecem proferidas por pessoas com bastante conhecimento teológico dos assuntos, outras por pessoas sem qualquer conhecimento teológico, e muitas que parecem representar Deus falando diretamente conosco. O que diferencia umas das outras?
Já me perguntei em algumas ocasiões: será que Deus nunca está contente com nada? Será que ele nunca se agrada do ser humano? Como posso agradá-lo? São questionamentos que, creio, muitos já fizeram e depois ficaram com remorso por ter pensado assim. Mas, esses pensamentos surgem em decorrência de algumas mensagens que ouvimos trazerem uma exigência sobrenatural de Deus para se satisfazer. Dependendo da maneira que o assunto é colocado, chegamos mesmo a pensar que ele não se agrada de nada. Parece que a cada dia temos uma receita nova de como agradar ao Senhor.
Mas acontece que o Senhor é o nosso pai, que nos ama. Foi necessário Jesus vir aqui mostrar isso, que os profetas e sacerdotes antes dele não conseguiram mostrar: falar de amor e viver o amor, de forma simples, na linguagem do ouvinte. Falar de justiça e praticar justiça. Falar do bem e praticar o bem. No texto acima vemos Jesus demonstrando a sua tranquilidade de que agradava o Pai, por estar sempre fazendo o certo, praticando o bem, a justiça e o amor no seu sentido máximo.
Então, não importa se quem está pregando seja um letrado ou um pregador de poucas letras. É preciso que seja dita sempre a verdade. Claro, conhecer do assunto que estamos falando é muito importante, contextualizando sempre com épocas distintas, etc, porém, o misticismo exacerbado, no caso dos menos letrados, e o exagerado uso das letras e das explicações teológicas, no caso dos doutores, podem dificultar o entendimento da mensagem.
Respondendo às questões colocadas: a receita para agradar a Deus é conhecer a verdade, sua palavra. A prática desta verdade nos coloca no aconchego do pai, com certeza. Ele é muito simples, como nós. Trata conosco como filhos amados, como crianças. Não dá para imaginar algo diferente. Conhecendo sua verdade poderemos sentir a tranquilidade demonstrada por Jesus no verso que usei.
A obediência e o cumprimento das recomendações dadas pelo Senhor nos dá a certeza de termos uma vida melhorada com nossos semelhantes. Assim sendo, estamos lhe agradando, pois ele quer que convivamos bem entre nós, por estarmos praticando o conhecimento que temos de sua palavra. Então passa a ter sentido para nós, a palavra  bem dita: "... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Seja livre pelo conhecimento da palavra!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Numa época de Páscoa!


Estamos vivendo dias muito importantes, se somos cristãos. Páscoa sempre nos remete a um tempo passado e antigo. Quem sabe até sem sentido para nossos dias, mas vamos pensar um pouco nisso.
Para os judeus significa uma nova vida na lembrança da saída do Egito, onde deixaram de ser escravos para se transformarem numa nação livre e historicamente muito importante, hoje Israel.
Para os primeiros cristãos, os dá época dos apóstolos, significou o dia da ressurreição de Jesus. Depois de ter sido assassinado pelos políticos e religiosos apoiados pela multidão instigada por eles, ressuscitou dos mortos dando inicio a uma nova fase da história da Igreja, por ele iniciada. Sua ressurreição significava nova esperança de vida abundante e quiçá eterna.
Para os cristãos atuais, a páscoa deveria significar novo nascimento, nova chance, vida nova e abundante. Eu disse deveria, porque às vezes esquecemos do significado real e acrescentamos sentidos que nada dizem sobre a importância para humanidade de momento histórico tão marcante.
A morte de Jesus mostrou até que ponto nossa maldade pode chegar, onde nossa crueldade pode nos levar. Naqueles tempos, levou ao assassinato de um homem justo, que em cada palavra e em cada gesto procurou servir com amor e ensinar que essa deveria ser nossa manifestação de apreço a Deus. De que adiantaria ficarmos nas igrejas fazendo de conta que amamos a Deus se não demonstrarmos isso com nossos semelhantes? O crime de Jesus  foi ensinar e viver o amor às últimas consequências.
Por mais que queiramos dar significados ao chocolate, fora o fato de ser saboroso, nada o torna mais importante que o ressurgir para um momento novo em nossa vida. Podemos até comemorar a páscoa com chocolate, mas o sentimento de vida nova, de mudança de vida é e sempre será o ponto mais importante da comemoração. Que importância teria a páscoa para nós, que não somos judeus, se Jesus não tivesse ressuscitado e se com ele não tivéssemos ressurgido para uma vida nova? Afinal somos novas criaturas, desde que aceitamos viver pelo seu exemplo.
O verso base para este texto não poderia ser mais apropriado: “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com Ele viveremos”. (Rom 6: 8)
Pense nesse momento: tudo que aconteceu numa época de páscoa, festa judaica, há dois mil anos idos, foi para dar sentido novo à nossa vida de agora. Hoje podemos ter certeza de que somos importantes para Deus e que ele nos ama demais, pois enviou seu filho que se entregou por nós. Ele nos quer em pé! Ele nos quer filhos, importantes! Por esse motivo, creio que a páscoa, para nós, deva significar aproximação entre pessoas, afeto, amizade, amor sem medida... doAÇÃO!
Que a paz continue a ser real na sua vida com sua família e amigos, numa época de páscoa. Tenho certeza que esse é o desejo do Senhor também. Conte com isso! Feliz Páscoa!




quarta-feira, 4 de abril de 2012

Recomeçando sempre!


Muitas vezes, diante de nossos fracassos, imaginamos que tudo está perdido, que Deus não nos receberá mais. Parece que isso é precipitação de pensamentos, diante de um Deus tão cheio de amor e de afeição pelo ser humano. Se ele desistisse de vidas que foram marcadas em algum momento por fracasso, imagine como a história do homem teria sido diferente.
Moisés, depois de matar um egípcio, talvez nunca tivesse liderado o grande êxodo do povo de Israel para fora do Egito. Davi, que cometeu adultério e até favoreceu para que um homem fosse morto na guerra, talvez nunca tivesse sido o grande líder que foi e o escritor de grande parte dos Salmos, uma das ricas porções da Bíblia. Jonas, o profeta que fugiu, talvez nunca tivesse liderado um dos maiores reavivamentos registrados na história. Podemos citar muitos outros, mas vamos nos ater nestes. Podemos perceber que Deus é especialista em transformar falhas em sucesso. Não importa quão fracassado tenha sido o passado. Ele pode fazer com que possamos dar a volta por cima e transformar cada situação negativa em uma nova situação, de vitórias.
Temos que ter muito cuidado ao anunciar a palavra de nosso Deus. Por natureza, ele é perdoador e renovador, mais certo dizer restaurador de vidas. Falhas e fracassos estão na rotina do ser humano, mas jamais isso pode significar o fim da linha. É sempre possível levantar, sacudir o pó e dar a volta.
Senão nem faria sentido Jesus ter vindo para se dar por nós. Ele veio buscar e salvar o que estava caído, perdido, fracassado, necessitado, desamparado, etc. Sendo assim, podemos ter a esperança de que seu amor é maior que nossas falhas e suficiente para nos perdoar e nos dar vida em abundância. Podemos entender isso como dar menos importância ao passado de erros e renovar para a vida com Jesus.
O que fazer quando se falha? Não desespere diante dos fracassos. É possivel que muitas vezes erramos com nosso semelhante, então temos que concertar com ele primeiro e com Deus. Comece a reconstruir com Deus. Ele tem muito prazer em renovar vidas. E assim, o impossível torna-se possível na força do amor, do Senhor. Você pode crer nisso? A maior vitória que podemos almejar é a vida reconstruída e estruturada, com a segurança de estar com Deus.
Deus te abençoe e te dê forças para levantar e recomeçar com ele uma vida abençoada e de vitórias.

Salmos 71: 20/21 - "Tu, que me tens feito ver muitos males e angústias, me darás ainda a vida, e me tirarás dos abismos da terra. Aumentarás a minha grandeza, e de novo me consolarás".


terça-feira, 3 de abril de 2012

Vitórias e milagres!

Há algumas semanas venho pensando em duas palavras muito faladas nas igrejas, com propósito de motivação dos fiéis para que busquem e esperem no Senhor, vitórias e milagres. Isto parece nos remeter aos tempos antigos quando o povo de Israel chegou à terra prometida. Na época, a ordem era tomar posse das terras de Canaã e para isso tiveram grandes batalhas. Então a palavra vitória passou a ser sinônimo de conquistas territoriais.
No tempo de Jesus, devido à incredulidade do povo, ele realizou milagres de cura, expulsou demônios e fez algumas transformações milagrosas como água em vinho, multiplicação de pães e peixes, andar sobre águas, etc. Isso pode dar a impressão que o mais importante de sua passagem pela Terra foi o poder para realizar os milagres. Parece ficar em segundo plano a palavra do amor que ele veio trazer e pela qual deu sua vida. Interessante notar: Jesus não deu a vida pelos milagres, mas sim pela Palavra! Jesus até disse, numa ocasião, que se não criam na palavra que ele estava transmitindo, pelo menos, cressem nos milagres que realizava. A ordem de importância, porém, era primeiro a Palavra.
Creio nos milagres que Jesus realizou e, do mesmo modo, que esses sinais seguem aos que creem. Não acho certo deixar de lado o sentido da palavra de servir ao próximo, como nossa prova de serviço a Deus, em detrimento de pregar vitórias e milagres como se ainda não nos pertencessem. A vitória já está em nossas mãos, se aceitamos a Jesus com sua pregação de amor. O maior milagre foi a transformação que ocorreu em nossas vidas após essa decisão. Saímos da morte para vida!
Quando investimos muito na motivação através das palavras as quais me referi, parece que estamos sempre aquém da satisfação de pertencer a Jesus e de estar a seu serviço para ficarmos sempre esperando por algo que parece nunca ocorrer. Se ficarmos sempre esperando vitórias e milagres significa que eles virão um dia, no futuro. Se eles virão um dia, afinal, eles ainda não vieram? Parece que estamos sempre esperando por muito mais de Deus, quando, na verdade, agora é nossa vez de mostrar ao mundo o milagre que já ocorreu em nossa vida. Isso é vitória! Isso é milagre!
Será que não estamos estimulando a incredulidade e a insatisfação dos ouvintes ao instigá-los a sempre buscar por vitórias e milagres? Vida abençoada acontecerá sempre, como consequência de nossa fidelidade ao Senhor. Isso é promessa e será sempre honrada por quem a proferiu. Os acontecimentos que norteiam a nossa vida serão consequência de vidas agraciadas por Deus e de um viver de graças a Deus por tudo o que ele já fez por nós.
Nessa ótica, creio que Deus não precisa provar a nós que tem poder, que pode fazer os milagres. Eu creio nisso e pronto! Para a sua glória, continuarão acontecendo segundo sua misericórdia e amor pelo ser humano.
Deus te dê muita graça e amor pelo seu semelhante! Essa é a palavra!
I Tes. 5: 18 – “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.



O elo achado!

É comum vermos nos jornais e em outros meios de comunicação notícias sobre achados fósseis de milhões de anos e, quando se trata de restos de primatas, há sempre a aproximação dos estudos visando compará-los com o ser humano atual. Neste aspecto, quanto mais antigos melhor, pois há sempre a possibilidade de se encontrar o elo perdido, que seria um animal primata, à partir do qual pode ter havido a divisão em espécies distintas, os macacos e os humanos.
Eu não vou entrar no mérito do assunto cientifico. Usei o tema para demarcar a linha que eu vou discorrer neste texto. quero falar sobre a natureza espiritual danificada com a quebra do relacionamento do filho, representado nas pessoas de Adão e Eva, com a casa paterna. No livro Amor em Movimento, eu fiz menção ao elo quebrado para definir essa situação. O amor que havia no ser humano antes de sua ruptura com o Pai deixou de ter a mesma importância, tornando-o violento, hostil, matador, roubador. Desta forma, viver em sociedade ficou muito difícil, quase impossível. O elo, que ligava afetivamente o homem ao seu Criador e aos seus irmãos, quebrou-se e deu no que deu, muita brutalidade e destempero.
Ainda bem que tudo teve um final feliz na pessoa de Jesus! Quando de sua morte, muitos pensaram que teria sido a última oportunidade de recuperação do ser humano, e deram por acabada e fracassada a sua missão, quando o colocaram no sepulcro. Sua ressurreição, porém, foi o grande achado para a humanidade. Aquele sepulcro vazio significou o elo achado que uniria de novo o ser humano com o seu Criador. Em Jesus ressuscitado, o elo achado, estaria toda a nossa possibilidade de volta à casa paterna, com afeto e muito carinho pelo pai e pelos irmãos.
Que momento especial foi aquele, no qual as mulheres que o procuraram tiveram a boa notícia de sua ressurreição! O nosso elo não estaria perdido, mas achado e nossa garantia de vida, de paz, de amor e de serviço ao nosso Deus e aos nossos irmãos estaria selada para sempre.
Enquanto alguns homens procuram o elo perdido, através de escavações difíceis, árduas e onerosas, nós outros encontramos Jesus, nosso elo achado, fora do sepulcro, vivo, pronto para estar conosco e continuar conosco a cada dia, a cada instante, por todo o sempre! Que bom que aquelas nossas irmãs, as Marias, não encontraram Jesus no sepulcro, mas fora dele!
"Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia" - (Mateus 28: 5-6).
Que Deus te dê forças e confiança numa vida abençoada e de vitórias.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Chefs da terra?

“Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens”- (Mateus 5: 13).
Ontem, numa palestra, ouvi o palestrante dizer que somos o sal da terra e que temos que ‘distribuir’ sal por onde passarmos, como testemunho de que somos novas criaturas, com ênfase em falar de Jesus em todos os lugares e se a oportunidade não se apresenta, cria-se. Aparentemente é isso mesmo, é o que se prega e ninguém ousa acrescentar algo à interpretação dessa palavra.
No momento me ocorreu que há uma inversão de sentido nessa palavra e no que dizem sobre ela. Jesus disse que somos o sal e não que somos chefs de cozinha. O sal é um elemento fundamental na alimentação animal e não pode faltar. Sua dosagem, porém, é insignificante! Cada um tempera a seu gosto. Como eu posso salgar a terra? Entendendo as palavras de Jesus, creio que ele estivesse se referindo ao fato de sermos o sal em importância, pela suavidade de sua presença na alimentação. Ninguém percebe, mas está lá. Sem ele a comida fica insossa e sem paladar.
Tudo o que somos, bem como o que aprendemos e vivemos, tem algo de nossos semelhantes, de forma que fica difícil dizer a origem do que aprendemos ou incorporamos na nossa experiência de vida. A nossa vida é somatória de aprendizagem e conhecimentos, nossos e dos outros. É um conjunto de experiências se sucedendo a cada instante fazendo parte da nossa ‘alimentação de vida’ todos os dias. E pode ter certeza o sal está lá!
Parece que Jesus estava indo além do ‘sabor salgado’ para definir o que deveríamos entender. Estava se referindo à importância vital do sal. Inexpressivo que seja, mas importante e necessário. Ninguém o vê, não enfeita o prato, mas todos percebem e rejeitam sua falta.
Outro ponto que me ocorreu: somos o sal, não saleiros ou cozinheiros! Somos o sal e quem precisa ou quer usa-o! A dosagem depende dos outros não de nós. Apenas temos que ser o sal, bom e puro, para não contaminar, mas para realçar o sabor na medida certa do consumidor.
Se fôssemos cozinheiros poderíamos distribuir sal a vontade, e isso poderia acarretar no excesso, pelo fanatismo, ou na falta, pela descrença e o pouco apego em praticar as misericórdias de Deus e sua justiça entre os homens. Mas, Jesus disse que somos o sal, e onde passarmos estaremos à disposição dos demais como tempero de suas vidas. Uns dependem dos outros para dar sentido a sua própria vida. Sozinhos não haveria sentido na vida humana. Completamo-nos, uns com os outros.
Talvez esteja aí o maior problema da pregação do Evangelho, onde cada um quer fazer discípulos à força, salgar os outros, quando o que deveria contar é o que cada um aprende conosco. O que cada um dosa em sua vida que pode ser atribuído à nossa participação, como sal puro e bom? Isso sem testemunho não funciona! Só discursos não acrescentam muito. É preciso ir além e ser o sal.
Jesus não disse que somos cozinheiros, pois assim não seríamos o sal. O sal é para ser usado para bom sabor, bom paladar!

Que Deus o ajude nessa tarefa de ser um bom sal, puro e vital à terra.