terça-feira, 10 de abril de 2012

Ação do bem!


Nas intervenções de Deus, para socorrer a humanidade e evitar sua extinção prematura após a queda no Éden, ocorria a separação de um homem ou família para recomeçar a proliferação de descendências mais cordatas e mais próximas do seu Criador, quem sabe. Isso aconteceu com Noé e sua família, que teriam que repovoar a terra após o dilúvio. Repetiu-se também com Abraão, que teria por compromisso constituir uma nação de pessoas 'abençoadas' e que fossem testemunhas do grande Único Deus. Na verdade, os descendentes de Abraão se tornaram conhecidos como nação quando saíram do Egito pelas mãos de Moisés e retomaram suas terras em Canaã.
Jesus também daria inicio a uma nova genealogia de escolhidos, a terceira após Adão, mas, desta vez não pela ordem biológica, sim pela ordem espiritual. Iniciava-se em Jesus uma genealogia paralela, pela fé e boa vontade dos que n’Ele crêem. Creio que o propósito do Senhor teria sido esse desde o princípio. Deus idealizara um povo comprometido consigo, por amor e pelo amor. Não foi compreendido em nenhuma das ocasiões anteriores. Acredito que isso se deva ao fato dos homens estarem mais preocupados em possuir a terra que em serem transformados pelo amor a Deus e pelo próximo.
Tanto isso parece ser verdade que Jesus foi rejeitado, como o Messias da promessa, porque não era homem de guerras e conquistas territoriais. Embora tivesse vindo num momento crítico da história de Israel, em nenhum momento assumiu posição de batalhas, como o esperado do povo. A diferença estava em que Jesus foi firme em seus propósitos e compromissos junto ao Pai e até morreu por isso, coisa inaceitável para um guerreiro conquistador.
Ouvimos muitas vezes analogias que colocam Jesus como general, em justaposição a textos do Antigo Testamento, onde Deus suportou batalhas e favoreceu vitórias aos israelitas. Essa era a realidade vivida por eles no passado. Batalhas e conquistas sempre estiveram em sua história, sendo que em algumas foram vencedores, mas em outras perdedores. Jesus nunca se apresentou como general ou chefe de nenhum exército, ainda que espiritual. Apresentou-se como o filho e legitimo representante de Deus, enviado a exortar sobre as boas novas que se perdiam no tempo, exatamente pela ênfase dada às batalhas com os outros povos e não à pratica das recomendações que eram portadores.
Por outro lado, podemos até pensar em Jesus como líder, pois deu início a uma nova aliança do ser humano com seu criador, mas as armas que ele usou e colocou em nossas mãos são todas derivadas do amor. Amor a Deus e ao próximo. A nossa única batalha é a da ação! Ação do bem!
Notamos que a decisão de Deus de resgatar o homem, que se havia perdido, se dera antes mesmo de expulsá-lo do paraíso. Desta feita, ele estava acenando ao filho com seu amor paternal que estaria sempre por perto, ali do lado, para recebê-lo de braços abertos, se arrependido, e dar-lhe guarida em sua casa. Deus quer lhe receber todos os dias! Fique com Deus.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. (Atos 1: 8)

Nota: Este texto foi extraído do livro Amor em Movimento, autor João Carlos da Silva, Editora Biblioteca24hs.

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